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No dia 15 de maio, teve lugar uma visita de estudo da turma de Ciência Política do 12º ano, acompanhada pelos docentes Carlos Reis, Cristina Santos e Neuza Duarte.

Esta atividade foi realizada a convite do deputado Marco Claudino e visava a consolidação, aprofundamento e experiência das aprendizagens realizadas na disciplina de Ciência Política, nomeadamente o sistema político em Portugal e as instituições da democracia portuguesa (a Constituição Portuguesa; a definição do sistema de governo; as principais revisões da Constituição Portuguesa; as principais características dos órgãos de soberania; as relações entre Presidente, Governo e Parlamento em Portugal), assim como consolidação de aprendizagens da disciplina de Português, no âmbito dos conteúdos do discurso político, da argumentação e debate no domínio da oralidade.

Durante o período da manhã foi realizada a visita ao Centro Interpretativo – Casa do Parlamento (inaugurado no dia 25 de abril, nas comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos) que se revelou um apoio interativo eficaz na consolidação das aprendizagens realizadas. O almoço teve lugar no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG). Às 15 horas assistiu-se ao Plenário de interpelação ao Primeiro Ministro por parte dos diversos grupos Parlamentares.

A visita de estudo encerrou com a chegada a Torres Vedras pelas 18 horas.

Esta visita foi realizada em conjunto com a Escola Básica de S. Gonçalo, com alunos do 8º ano da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, acompanhados pelos professores Anabela Pedrinho e Hélio Santos. O transporte foi assegurado pela Câmara Municipal de Torres Vedras.

O deputado ofereceu às Bibliotecas das escolas dois exemplares do jogo de tabuleiro “O jogo da democracia”. No caso da MT, foi primeiramente jogado na aula de Ciência Política e agora já está disponível na nossa biblioteca.

Todos os participantes concordaram ter sido uma experiência muito interessante e enriquecedora e que cumpriu os objetivos traçados. Agradecemos ao deputado Marco Claudino a sua disponibilidade para nos acompanhar e a simpatia na interação com alunos e professores.

Opinião de dois alunos da turma de Ciência Política

No passado dia 15 de maio, tive a oportunidade de assistir, presencialmente, a um debate com o Primeiro-Ministro, na Assembleia da República. Para além de ter sido uma experiência única e gratificante, permitiu-me ainda obter uma maior perceção daquele que é o principal “cenário” da política em Portugal. Surpreendeu-me negativamente a falta de respeito e a pouca coerência entre deputados de diferentes bancadas parlamentares, o que acaba por comprometer a produtividade diária em plenário. Maria Inês Carimbo Góis

No dia quinze de maio eu e a minha turma de Ciência Política, tivemos a oportunidade de visitar o parlamento português. Ao chegarmos ao parlamento, entrámos numa sala onde uma agente da PSP deu-nos algumas informações sobre os procedimentos que deveríamos tomar dentro desta casa da democracia. Achei irónico o facto da agente utilizar termos do género“ coisas que as meninas sabem “ou “coisas que as meninas têm”, quando estava a explicar qual os objetos que poderíamos levar. também achei piada ao facto de estarmos num sítio onde se respira democracia e mesmo assim as pessoas sentiam-se oprimidas com uma mentalidade antiquada recusando-se a utilizar expressões como “penso higiénico” ou “menstruação”, como se estes fossem algum tipo de tabu. Depois de passarmos pela segurança, fomos novamente alertados de como deveríamos agir quando estivéssemos a assistir aos debates, e só depois é que entrámos. Mal entrei na divisão, deparei-me com aquela câmara bastante bonita cheia de rostos, os quais apenas costumava ver pelo ecrã da televisão ou do meu telemóvel. Os nossos lugares ficaram virados de frente a muitos deputados de um partido de extrema direita, dos quais era impossível não sentir um desconforto quando estes expunham as suas ideologias que não conseguiam combinar com o meu sentido de moral e ética. Tudo fica ainda mais desconfortável quando o líder desse partido decide desobedecer ao regulamento e interagir com cidadãos que se localizavam perto da minha turma. Sentimentos de vergonha e desprezo por esse ato foram, inevitavelmente, sentidos por mim, mas apenas desviei o olhar para o lado, tentando não ser envolvido naquela interação bizarra. Em síntese, penso que a experiência no geral foi bastante enriquecedora, pois acabei por ganhar uma perceção melhor de como funcionam os debates. Para além disso, não ignoro a oportunidade de pela primeira vez ver os assuntos que tenho dado ao longo deste ano na disciplina de Ciência Política a serem colocados em prática. Gabriel, 12ºD

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